Aberta oficialmente dia 8, a exposição Auta para Todos deverá ir a outros Estados. É que o Instituto Auta de Souza, parceiro da Assembleia Legislativa na mostra histórica, já recebeu convites para expor o acervo em São Paulo e Brasília. Nesta quarta-feira (17), mais turmas da Escola Municipal Auta de Souza, de Macaíba, visitarem a mostra histórica, que segue até a próxima sexta-feira (19),no Salão Nobre da Casa.
Além da poesia, a manhã teve um momento especial: o secretário de Educação de Macaíba, Ademar Silva, fez uma entrega simbólica: doou à Assembleia Legislativa, através da diretora do gabinete da presidência, Dulcinéia Brandão, uma muda do jasmineiro, planta que a escritora cultivava e que será semeada nos jardins do parlamento do RN. Até o final da manhã, mais de 350 pessoas já haviam visitado a exposição.
Na ocasião, a diretora oficializou a doação de 50 exemplares do livro Horto, reeditado em fac-símile pelo Legislativo do RN. “Essa é uma exposição diferente, que a gente apostou por interesse do próprio presidente, deputado Ezequiel Ferreira, que definiu que começássemos os trabalhos culturais por esta exposição, que tem objetos de grande valor, como o manuscrito do Horto e a primeira edição do livro”, afirmou a diretora. Ela destacou também o ineditismo da mostra, com o uso da inteligência artificial como um grande atrativo para os jovens se aprofundarem na história.
Em seguida, Pedro Balduíno, mediador educacional e artístico, fez um tour com os alunos pela mostra, contando detalhes da vida da escritora. A aluna Iandra Isla, 14 anos, disse que era uma oportunidade de aprender mais sobre a conterrânea: “Aqui estamos aprendendo mais sobre Auta, que é inspiração”, resumiu.
O coordenador pedagógico do município, Telvino de Oliveira Lima, destacou o uso, até então inédito, da IA: “Essa exposição chega num contexto atual muito importante para os nossos jovens, porque traz um atrativo interessante, com esse resgate histórico do passado com o presente, já apontando para o futuro através da inteligência artificial. Dessa forma, estudar a História que geralmente é algo moroso ou cansativo para os nossos alunos, se torna algo mais dinâmico, mais atrativo e eu quero parabenizar a Assembleia Legislativa por essa ideia inovadora. Estou muito encantado e feliz ao ver nossos alunos interagindo, se interessando e acredito que isso foi algo que encantou e impactou os nossos jovens do município”, disse.
Alexandre Gurgel, chefe do Núcleo Historiográfico da Cultura Potiguar Presidente Café Filho, que faz parte da divisão do Memorial do Legislativo, destacou as parcerias que contribuíram com a reunião do acervo: “Ninguém faz nada sozinho. Tivemos parceiros importantes como o Complexo de Ensino Noilde Ramalho (EDHC), através dos seus dirigentes; a sobrinha neta da homenageada, Maria Lúcia Zarzar; o historiador Anderson Tavares de Lyra e a parceria do instituto Auta de Souza, através dos seus idealizadores, Carlos Castim e Fábio Fidélis, que cederam ao Legislativo o rico acervo”, citou.